segunda-feira, 14 de março de 2016

Fiéis celebram o 5º Domingo da Quaresma 2016!

No início da noite de ontem os fiéis da comunidade acorreram à nossa capela e participaram da Santa Missa do 5º Domingo da Quaresma! Neste, domingo, o último da Quaresma, a Igreja nos incentiva à velar as imagens, como sinal de conversão, penitência e reflexão pessoal a fim de buscarmos celebrar festivamente a Páscoa do Senhor!

  • Caso não veja as imagens acima, clique AQUI.
Nesta Santa Missa, nosso pároco, Pe. Vicente Gregório, exortou os fiéis à conversão e às práticas das obras de misericórdia a fim de nos prepararmos melhor para a Semana Santa que se aproxima. O reverendo exortou ainda a todos a terem as mesmas atitudes de Jesus diante da mulher pega em adultério, ou seja, não fazermos julgamentos ou tomarmos decisões precipitadas.
Nesta Eucaristia rezamos pelos fiéis dizimistas da comunidade e também pelo 7º dia do falecimento de dona Josefa, avó de nossa coroinha Camila.

UM POUCO DE CATEQUESE LITÚRGICA...

Por Pe. Paulo Ricardo Azevedo.
  • De onde vem o costume católico de velar as imagens sacras durante o tempo litúrgico da Quaresma?

A resposta para essa questão deve ser encontrada na riquíssima arquitetura litúrgica da Igreja. Em primeiro lugar, não é verdade que as imagens sejam cobertas por toda a Quaresma, mas somente nos dias que precedem a Paixão do Senhor, mais exatamente a partir do 5.º Domingo da Quaresma. Diferentemente do Missal Romano de 1962, as rubricas do Missal de Paulo VI não preveem mais a obrigatoriedade dessa prática (cf. Paschalis Sollemnitatis, n. 26). Cabe às Conferências Episcopais discernir a oportunidade de se manter esse costume em cada região, a depender da recepção cultural que o acompanha. Como o Brasil é um país de antiga tradição católica, não há problema algum na sua observância.
Mais importante que a letra da rubrica, porém, é compreender o seu significado. Ao velar o crucifixo, até a Sexta-feira Santa, e as imagens dos santos, até a Vigília Pascal, a Igreja antecipa o luto pela morte de seu Senhor, incutindo nos fiéis uma mortificação à sua visão. O foco das leituras também é outro: nas primeiras semanas da Quaresma, os textos litúrgicos chamavam sobretudo à penitência e à conversão pessoais; a partir da 5.ª semana da Quaresma — que, no calendário antigo, se chamava simplesmente 1.º Domingo da Paixão —, os fiéis começam a ouvir as narrativas do Evangelho de São João, chamados a manter o olhar fixo em Jesus crucificado, não tanto com os olhos da carne, mas com os da alma.
Em sua pedagogia de mãe, portanto, a Igreja introduz-nos em um mistério. Neste fim de semana, as cruzes são veladas, mas, na Sexta-feira da Paixão, novamente elas são descobertas e dadas à adoração dos fiéis. Com esse gesto, os católicos, evidentemente, não adoramos um pedaço de madeira ou de gesso (cf. S. Th., III, q. 25, a. 4), mas o amor de Cristo que se manifestou na Cruz. Aproveitemos esse tempo de silêncio e sobriedade, intensifiquemos a nossa vida de penitência e meditemos sobre o infinito amor do Senhor, o qual, "amando os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1).

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